sábado, 8 de fevereiro de 2014

48mins 10 segs - Luther Burrell (Inglaterra)

E no início da segunda parte, a Inglaterra marca o segundo ensaio. Owen Farrel (10) lança um pontapé alto, ainda dentro dos seus 22m, que o 3 de trás Francês na consegue captar. A bola é recuperada pelos Ingleses.


Forma-se um ruck nos 40m Franceses, do lado direito. Os Franceses têm um linha com 6 defensores, mais Brice Dulin (15) a defesa. Os Ingleses têm sete atacantes. Farrel pede a bola a 10m (bem profundo) da linha Francesa e quando a recebe avançou 2 metros. É natural que a linha defensiva Francesa suba rapidamente nos primeiros 2 metros, mas depois era importante olhar, tentar deslizar pelo menos um homem e obter igualdade numérica para voltar a fechar o espaço atacante.

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Plisson (10), num dos momentos em que a sua inexperiência mais se notou, dispara para Owen Farrel, quando tinha Picamoles (8) dentro de si, disponível para deslizar e ficar com o 10 Inglês. Ao subir muito mais rápido que Picamoles e Nyanga (6), Plisson criou aquilo que os Britânicos designam por dog leg, i.e. uma perna de cão, numa alusão ao desvio angular criado por um ponto adiantado numa linha que se pretende continua. 

A Inglaterra tinha um grupo formado por Farrel, com Twelvetrees (12) no apoio lateral curto e Vunipola (8) no apoio axial. A movimentação adoptada é sobejamente conhecida - foi disseminada no início do Século XXI pela Austrália e NZ nas suas visitas à Europa, em Novembro - e vê Twelvetrees chegar à linha de vantagem numa trajectoria curta (o denominado "under") e Vunipola surgindo nas suas costas para atacar o espaço criado pela atracção do defesa por Twelvetrees. O que acabou por nem ser necessário, já que Plisson não placar ninguém, antes deixando um buraco enorme que Vunipola aproveitou - mas também podia ter sido Twelvetrees a penetrar.

E a Inglaterra passava a jogar entre linhas. Repare-se neste momento de penetração, a que distância estava Burrell (13) de Vunipola.

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O que se seguiu foi um espetáculo de poderio físico e técnico de Vunipola, que placado por Nyanga e acossado por Brice Dulin, consegue fazer o passe para Burrell sem que seja interceptado por Basteraud (13). Muito bem acompanhado por Burrell que, seguindo a velha máxima que entre linhas, todos os apoios devem convergir para o portador da bola, aproximou-se o suficiente para receber o passe de Vunipola e marcar entre os postes.

Veredicto: erro grosseiro de Plisson, que ofereceu uma quebra de linha à Inglaterra; mestria de Vunipola e Burrell entre linhas, para passar a Inglaterra para a frente do marcador. 

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